O Baluarte de S. Cristóvão em Azamor
“Os nossos lugares em África eram praças de guerra. As suas muralhas conservadas até hoje – na maioria dos casos – atestam a sua solidez. Os seus moradores podiam dormir sossegados. Para as erguer não se pouparam os bons materiais, alguns deles vindos de Portugal, como a pedra de cantaria, a madeira e a cal. Trabalharam nelas os melhores artífices da metrópole e dirigiram-nas os melhores debuxadores e mestres de pedraria do tempo, nacionais ou estrangeiros.” (LOPES, [1937] 1989, p. 41)
O período da ocupação portuguesa da costa de Marrocos coincide com uma época em que as técnicas de defesa militar se alteram radicalmente, fruto da generalização da utilização da pólvora. Fortemente influenciados pelo modelo vanguardista italiano, os debuxadores portugueses puseram em prática nas Praças de Marrocos os princípios inovadores da transição da neurobalística para a pirobalística e Marrocos foi um autêntico laboratório onde essas técnicas foram experimentadas. O contributo português para o desenvolvimento da Arquitectura Militar foi inegável. Continue Reading