Centros Históricos Luso-Marroquinos

Em 2019 assinalam-se os 250 anos do abandono de Mazagão, última Praça-forte portuguesa em Marrocos. Este acontecimento abriu caminho à assinatura do primeiro Tratado de Paz entre Portugal e Marrocos. Com a assinatura do Tratado de Paz iniciou-se uma nova era nas relações entre os dois Países, com base na amizade e na cooperação, que teve como resultado o estabelecimento de relações diplomáticas e comerciais com evidentes benefícios para ambas as partes.

A Associação Portuguesa dos Municípios com Centro Histórico, em colaboração com a Embaixada de Portugal em Marrocos, o Ministério da Cultura do Reino de Marrocos, o CHAM – Centro de Humanidades da Universidade Nova de Lisboa e a Commune de Ksar El Kebir, e o apoio de diversas entidades (Direcção Geral do Património Cultural, Centro de Estudos de Arquitectura Militar de Almeida, Associação de Turismo Militar Português e Centro de Estudos Luso-Árabes de Silves), assinalou esta data com a realização de um evento que a­firmou a ­figura dos centros históricos luso-marroquinos como um património comum de valor significativo.

Participaram 59 pessoas no evento, entre representantes de Municípios Associados, entidades apoiantes e participantes em nome individual. Dos Municípios Associados estiveram representados Almeida, Braga, Guarda, Lagoa, Lagos, Lisboa, Pedrógão Grande, Vila do Conde, Torres Novas, Tavira e Torres Vedras.

O evento decorreu em Rabat no dia 7, onde se realizou uma sessão solene incluindo conferências realizadas por Maria Augusta Lima Cruz, João Campos e Otmane Mansouri, a entrega da Medalha de Honra da APMCH a Sua Excelência a Embaixadora de Portugal no Reino de Marrocos, Maria Rita Ferro, e a apresentação do livro “Histórias de Portugal em Marrocos” de Frederico Mendes Paula. Seguiu-se um jantar na residência oficial da Embaixadora. No dia 8 foi visitado o centro histórico de Arzila e o campo da Batalha de Alcácer Quibir, após o que a Autarquia local ofereceu um almoço, sendo o programa complementado com uma visita à antiga casa do alcaide Ibrahim Soufiani, onde o corpo do Rei D. Sebastião esteve sepultado, e, finalmente, foi inaugurada a Avenida de Lagos nessa cidade. No dia 9 a visita incidiu na Cidadela Portuguesa de Mazagão e no centro histórico de Azamor. Acompanharam as visitas, para além dos conferencistas na sessão do dia 7, os investigadores Luís Costa e Sousa e Jorge Correia.