Gravuras das cidades de Tânger, Safim, Ceuta, Arzila e Salé em 1572 in Civitates Orbis Terrarum de Braun e Hogenberg, Biblioteca Nacional de Portugal
“Ficávamos nas praças de Marrocos como a bordo das nossas naus; porém as naus iam, vinham, livremente pelos mares, multiplicando a força, distribuindo o castigo; ao passo que as praças de África eram pontões imóveis, ancorados, constantemente batidos pelas vagas da mourama tempestuosa”. (MARTINS, 1947, p. 258-259)
O facto de as Praças de Marrocos se encontrarem isoladas e cercadas por um ambiente hostil, dependendo totalmente dos abastecimentos da metrópole, levou a que os portugueses introduzissem nas suas estruturas alguns elementos singulares, com o objectivo de as adaptar à nova realidade e assegurar a sua gestão e controlo efectivo. O bloqueio imposto pelo Reino de Fez e o desvio das rotas das caravanas para outros portos, acompanhada da fuga de muitos comerciantes estrangeiros aí estabelecidos, caso dos genoveses, provocou o seu declínio comercial. Continue Reading