
Mapa da presença portuguesa em Marrocos
No início do século XVI Portugal ocupava as quatro maiores cidades do chamado trapézio Norte de Marrocos ou Marrocos Verde (SANTOS 2009: 3), Ceuta, Alcácer Ceguer, Arzila e Tânger. Estas cidades, cuja importância era sobretudo estratégica, encontravam-se isoladas, sujeitas a um bloqueio terrestre imposto pelo poder centralizado do Reino de Fez e pela acção dos alcaides mouriscos que governavam as chamadas cidades Andalusinas (designação preferencial, para não se confundir com Andalusa, no sentido de se conotar com a actual Andalusia espanhola) , na área de influência do Bled El-Makhzen ou País da Lei (o termo Makhzen refere-se à área onde o Estado, neste caso o Reino de Fez, cobrava os seus impostos e exercia a sua Lei. O termo significa Armazém, no sentido de ser a entidade que armazenava os bens em tempos de abundância para os poder repartir em tempos de necessidades). Na zona Sul, no Marrocos Amarelo (SANTOS, 2009: 3), onde se fazia sentir um vazio de poder, resultado da existência da autonomia das várias tribos Berberes e Árabes, de um governo dos Emires Hintata confinado à Cidade de Marraquexe e da emergente influência dos Xarifes Sádidas a Sul do Atlas, o chamado Bled Es-Siba ou País do Caos (o Caos é assim conotado com as autonomias que escapavam ao poder do Makhzen), Portugal mantinha alguma presença com motivações essencialmente económicas, com base em duas cidades vassalas, Safim e Azamor.








































































































































































