“Os andalusinos, qualquer que fosse a classe a que pertencessem, mostraram tal gosto pela poesia que se poderia acreditar que todos tinham nascido para versificar ou pelo menos sentir a beleza obscura encerrados em sílabas rítmicas. Ibn Bassam, o santareno, no seu prefácio à Ad-Ḏhaḫîra não disse que havia em cada cidade pelo menos um secretário habilidoso e um poeta indiscutível’? Outros colunistas ou geógrafos chegaram a afirmar que havia alguns nas aldeias mais remotas, em certas regiões privilegiadas, é verdade, como os de Silves e Guadix.” (PÉRÈS 1953: 55)
Esta capacidade e gosto pela poesia que os andalusinos demonstram não se refere apenas aos letrados, aqueles que pela sua posição social tiveram possibilidade de estudar poesia, mas também aos mais humildes, as pessoas privadas de cultura literária, incluindo os analfabetos (ummî). Continue Reading









































































































































































