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ESCRAVATURA

A Casbah Oudaya, antigo Ribat de Abdel Moumen
Cães, rendam-se aos de Salé!
Grito de abordagem dos corsários de Salé
O estabelecimento do terror da inquisição em 1478 em Espanha e em 1536 em Portugal, deu origem a um êxodo de milhares de mouriscos da Península para Marrocos. Muitos destes espoliados foram engrossar as fileiras do corso, transferindo para o mar a guerra que contra eles fora iniciada.
No início do século XVII a “guerra do corso” estava no seu auge. Dos vários ninhos de corsários estabelecidos nas costas de Marrocos destacou-se o dos corsários de Salé. A sua actividade era tal, que se estima que só entre 1618 e 1624 terão feito 6.000 cativos, atacado 1.000 navios e pilhado mercadorias num total equivalente a cerca de três mil milhões de euros em moeda actual.
A partir de 1627 os corsários de Salé proclamam uma república independente que iria vigorar durante 41 anos e que ficou conhecida por República de Salé, República das Duas Margens ou República Corsária de Bouregreg, nome do rio que divide as cidades de Salé e Rabat. Continue Reading

O Estreito de Gibraltar
Desde o declínio do Império Romano que os piratas Norte Africanos, conhecidos como piratas da Berbéria ou da Barbária, termo derivado da designação dada pelos romanos ao troço Ocidental da costa do Magrebe, atacavam navios mercantes e povoações costeiras mal defendidas, de forma indiferenciada, e buscando apenas o saque que daí obtinham. A partir do século XII a actividade dos piratas da Barbária ganha outros contornos, já que passa a integrar-se no contexto da guerra entre muçulmanos e cristãos, com o início dos ataques aos navios que transportam os cruzados para a Palestina e ataques às próprias povoações costeiras que lhes dão apoio.
Esta alteração legitima a sua actividade perante as autoridades do Norte de Africa e os piratas passam a ser considerados como corsários. As conquistas cristãs no século XIII no Al-Andalus e os êxodos de populações que se lhes seguiram, concretamente nos séculos XV e XVII, com a conquista do Reino de Granada, o estabelecimento da inquisição e a expulsão dos mouriscos, são a principal fonte de recrutamento para a actividade corsária ou corso.
De facto, a guerra aos cristãos levada a cabo pelos Andalusinos acaba por se transferir para o mar, estabelecendo-se muitos dos expulsos em núcleos costeiros de Marrocos, que se tornam autênticos “ninhos” de corsários que atacam permanentemente os navios e as costas da Ibéria. Continue Reading








































































































































































